SÃO PAULO - Uma das novidades da recém-lançada linha 2009 do Fiat Mille atende pelo nome de econômetro, um medidor simplificado de consumo instantâneo de combustível. Tem funcionamento simples: uma escala dividida em branca (marcha lenta), amarela (faixa de menor economia) e verde (maior) mostra se o modo de conduzir o veículo é econômico.
O motorista só precisa seguir suas indicações do sistema - cujo marcador fica no painel -, se necessário alterando o modo de guiar, para atingir o objetivo de poupar combustível.
Com o carro em movimento, o ponteiro do mostrador oscila entre a faixa amarela e a verde. O menor consumo ocorre quando o marcador está no início da verde.
A Fiat elaborou até um pequeno guia de direção econômica, que é fornecido com o Mille. Segundo informações da fabricante, seguir à risca as indicações do econômetro permite diminuir o consumo em até 25%.
O sistema é eletrônico e está ligado à central de gerenciamento do motor. Analisa dados como a vazão de combustível pelos injetores e a velocidade do carro. "É um indicador de consumo mais simples", explica Claudio Demaria, diretor de Engenharia da Fiat. A idéia surgiu exatamente da simplicidade do carro. "A arquitetura eletrônica do Mille não permitiria adotar um computador de bordo. A solução foi o econômetro."
Velho conhecido
Modelos como Volkswagen Santana, nos anos 80, e Chevrolet Kadett, nos 90, traziam um recurso menos sofisticado, mas útil. Indicava o momento certo para troca de marcha por meio de uma luz amarela no painel. Atingida a rotação ideal (no VW, 1.900 rpm), esta se acendia, avisando a hora da mudança ascendente.
No Kadett, já com injeção eletrônica, se a troca não fosse feita naquele momento - numa ultrapassagem, por exemplo, em que se mantivesse a aceleração - a luz só se acenderia na rotação-limite do motor, 6.000 rpm. O sistema "entendia" o modo de dirigir.
Por sua vez, o Chevrolet Monza era equipado com o vacuômetro, encontrado até hoje em alguns BMW. Ele indica consumo instantâneo segundo o vácuo no coletor de admissão, que é maior quanto menos se abre o acelerador. Essa situação é a de menor eficiência, e por isso o consumo será maior.
Sem os sistemas, deve-se seguir uma regra básica para guiar de forma econômica: usar pouca potência, só a necessária para movimentar o carro, e no menor regime de rotação. Ou seja, utilizar a marcha mais alta possível.
Fonte: Estadao.com.br