quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mégane CC traz o céu como equipamento


Rio - Dono de um charme todo especial que só os conversíveis são capazes de proporcionar, o novo Mégane Coupé Cabriolet chama a atenção e desperta olhares cobiçosos o tempo todo.

A grande bossa do CC reside justamente na capota, que é rígida retrátil e tem a superfície toda por coberta por um cristal resistente e escurecido. Segundo a Renault, a escolha do teto envidraçado se deve à necessidade de obter mais luminosidade nos dias fechados do Velho Continente. E, se o desejo for impedir a entrada de luz, basta puxar uma espécie de cortina que cobre todo o teto. Mas o mais interessante de toda a história é o acionamento da capota, automático, e que demora 22s para ser finalizado, numa operação à ‘la’ Transformers.

Sob o capô, o conversível traz o mesmo motor 2.0 16V de 138 cv da linha Mégane — e a transmissão é automática Proactive de quatro marchas que se ajusta ao estilo de condução do motorista. Como o carro pesa 1.410 kg, contra 1.355 kg do sedã, o desempenho que era satisfatório começa a perder pontos e, na estrada, a falta de uma quinta marcha é sentida claramente. Mesmo assim, o carro vai de zero a 100 km/h em 11,5 segundos e alcança a máxima de 200 km/h - com pista livre e reta pela frente.

O espaço interno também não é um dos pontos fortes, mas, diante dos conversíveis médios do mercado, até que o Mégane se sai muito bem. Quatro pessoas de estatura média conseguem viajar médias distâncias sem sintomas de dormência—três atrás só "sobrevivem por uns 50 km —e o porta-malas de 490 litros cai para 190 litros com a capota retraída. A segurança, por sua vez, é um dos grandes destaques. Único do segmento com cinco estrelas nos rigorosos testes da Euro NCAP, o Mégane tem airbags frontais e laterais, freios com ABS, EBD e AFU, faróis e lanternas de neblina e santantônio com acionamento automático em caso de capotamento.

A DINÂMICA QUE DEPENDE DA CAPOTA

A dirigibilidade oferece dois pontos de vista distintos. Fechado, o Mégane CC é bom de curva— não sai de traseira e nem aderna —oferece direção precisa e um trabalho de suspensão até certo ponto inesperadamente positivo para um carro europeu rodando nos buracos brasileiros. No modo conversível, porém, a rigidez torcional cai drasticamente e aí surgem barulhos, rolagem de carroceria e a maior dificuldade para realizar curvas em alta velocidade mostra que a direção dá umas bobeadas quando exigida, mas nada que cause insegurança. Também não ajuda a escolha de rodas aro 17 (na unidade avaliada), que ficam bem na foto, mas que passam todos os impactos para a "derrière" dos motoristas. O melhor mesmo é usar as rodas de 16 polegadas de série. A conclusão, então, é de que, com a capota arriada, o Mégane serve para desfilar sem pressa, a despertar olhares de cobiça nas ruas.

O Dia

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